Impossibilidade de a Justiça Federal revisar a excepcionalidade da custódia em presídio federal

STJ
800
Direito Penal
Geral
2 min de leitura
Atualizado em 25 de novembro de 2025

Este julgado integra o

Informativo STJ 800

Tese Jurídica

A Justiça Federal não pode discutir os motivos do Juízo que solicita a transferência ou a permanência de detento em prisão de segurança máxima, pois este é o único apto a declarar a excepcionalidade da medida.

Comentário Damásio

Resumo

O § 5º, do art. 10, da Lei n. 11.671/2008 dispõe que, rejeitada a renovação da permanência de preso em estabelecimento penal federal de segurança máxima, "o juízo de origem poderá suscitar o conflito de competência, que o tribunal apreciará em caráter prioritário". Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, não cabe à Justiça Federal discutir os motivos declinados pelo Juízo que solicita a transferência ou a permanência de preso em estabelecimento prisional de segurança máxima, pois este é o único habilitado a declarar a excepcionalidade da medida. Com efeito, "ao Juízo Federal não compete realizar juízo de valor sobre as razões de fato emanadas pelo Juízo solicitante, sendo-lhe atribuído pelo art. 4º da Lei n. 11.671/2008, tão somente, o exame da regularidade formal da solicitação" (STJ, CC 168.595/RJ, Rel. Ministra Laurita Vaz, Terceira Seção, julgado em 11/3/2020, DJe 23/3/2020). Ainda, a orientação do STJ é no sentido de que "a demonstração da permanência dos fundamentos que levaram à inclusão do detento no Sistema Prisional Federal é suficiente para justificar o deferimento do pedido de prorrogação, não sendo exigida a indicação de fatos novos". (AgRg no CC 180.682/RS, Rel. Ministra Laurita Vaz, Terceira Seção, julgado em 25/8/2021, DJe 1º/9/2021).

Conteúdo Completo

A Justiça Federal não pode discutir os motivos do Juízo que solicita a transferência ou a permanência de detento em prisão de segurança máxima, pois este é o único apto a declarar a excepcionalidade da medida.

Informações Gerais

Número do Processo

AgRg no CC 199.369-PA

Tribunal

STJ

Data de Julgamento

06/02/2024

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